O relatório final foi concluído na sexta-feira. Suspeitos foram indiciados por crimes como, corrupção ativa e passiva, extorsão, contrabando e por atrapalhar investigações.
PF indicia Gean Loureiro e mais 16 na Operação Chabu, prefeito de Florianópolis Gean loureiro
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido, ex-filiado ao MDB), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) de Brasília no inquérito referente à Operação Chabu, realizada em junho deste ano em Santa Catarina. O relatório final foi concluído na sexta-feira (6). Outras 16 pessoas também foram indiciadas no documento.
Conforme o relatório da PF, os suspeitos estão sendo indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, extorsão, contrabando e falso testemunho.
Um mandado de prisão temporária havia sido cumprido contra Gean Loureiro no dia 18 de junho durante a operação, que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar na violação do sigilo de operações policiais realizadas no estado catarinense. Na ocasião, o prefeito prestou depoimento e foi liberado horas depois. O inquérito segue em segredo de Justiça.
De acordo com a PF, Loureiro teria uma sala segura à prova de escuta, em seu gabinete, que teria sido montada com equipamentos de inteligência comprados pelo empresário José Augusto Alves, um dos outros 16 indiciados. Na manhã deste sábado (7), o prefeito recebeu jornalistas e negou a existência desta sala segura.
Em nota, o prefeito reafirmou inocência no caso. “Na peça [o relatório final], as mesmas conclusões distorcidas e confusas que já esclareci no dia da operação, apenas uma repetição de fatos com os mesmos indícios para tentar justificar a minha prisão ou afastamento do prefeito de uma capital”, consta.
Ao todo, 30 mandados foram cumpridos em junho na operação, 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre (RS).
Relatório
Conforme a PF, a investigação durou cerca de três anos e resultou em um relatório de aproximadamente 500 páginas. A investigação teria apontado que informações sigilosas a respeito de investigações policiais eram vazadas para políticos e empresários.
Em troca, segundo a PF, havia favorecimento em indicações de cargos públicos. Entre os indiciados, estão cinco policiais, sete empresários e cinco políticos.
Fonte: 4oito
Por: Gelson Padilha/RCNoticia