Mãe e filho separados pela pandemia poderão se reencontrar após seis meses

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Mãe e filho separados pela pandemia poderão finalmente se reencontrar. O menino Bruno, de seis anos, é natural da Argentina, onde vive com a mãe. Mas desde o dia 2 de fevereiro está em Garopaba, onde os avós paternos de Bruno moram. As férias do garoto ao lado do pai e dos familiares, durante a crise sanitária provocada pela covid-19, fizeram com que Bruno não conseguisse voltar para Rosário. Nessa semana, o governo da Argentina confirmou que o garoto poderá retornar ao país. As informações são do portal TN.com.ar.

“Bruno é argentino, eu sou argentina e moramos aqui. O pai é brasileiro, mas é residente na Argentina. Estamos separados como casal desde que Bruno tem um ano de idade, mas sempre funcionamos muito bem como família. Ele (marido) viajou em 15 de novembro para visitar seus pais, em Garopaba, e no dia 2 de fevereiro buscou o Bruno em Paso de los Libres, na fronteira”, disse a mãe de Bruno, Érica, ao portal TN.

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Segundo Érica, a viagem entre a Argentina e o Brasil é feita todos os anos para que o menino possa ter contato com os dois lados da família. A ideia era que Bruno retornasse em março para o início das aulas. Mas com a piora da pandemia nos dois países, com o cancelamento de voos para a Argentina e com a fronteira fechada, a volta do garoto foi negada pelo governo do país vizinho.

“O pai de Bruno é asmático, então num primeiro momento, foi esperado mais um pouco até que a situação da pandemia melhorasse para que eles pudessem vir de carro para a Argentina. Mas houve um agravamento, as fronteiras fecharam e até os voos foram cancelados”, explica Érica.

A mãe tentou fazer o movimento contrário: vir até o Brasil para poder retornar com o filho para a Argentina, mas não pôde. Em 1º de abril, o menino comemorou o primeiro aniversário longe de Érica. Agora, com o aval do governo argentino, o garoto poderá reencontrar a mãe, o que deve acontecer em breve.

“A espera é muito longa. Ele está longe de sua mãe e de seu centro de vida há mais de cinco meses. Bruno é bilíngue, é um menino muito feliz e entende essa situação o melhor possível. Ele sabe que tem um vírus e, por meio de videochamadas, mantém contato com a família materna, mas tem que voltar ao lugar onde passou sua vida”, finaliza.

Fonte: Sul Agora

Por: Deivis W. Fernandes / RCNoticia