Golpe de suposto cruzeiro faz vítimas em Laguna e prejuízo passa de R$ 15 mil

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Ao menos três pessoas, duas mulheres e um homem de Laguna, caíram em um golpe envolvendo um suposto cruzeiro marítimo temático. Somado, o prejuízo ultrapassa R$ 15,6 mil. O caso ocorreu no final de fevereiro, foi registrado na Polícia Civil e será investigado.

De acordo com relatos feitos pelas vítimas à polícia, uma das pessoas enganadas disse que viu um anúncio na rede social Instagram e fez contato via WhatsApp com o suposto vendedor, que utiliza um telefone com o DDD 11, do estado de São Paulo. Ludibriado, acabou pagando o valor exigido para reservar um lugar no navio.

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Dias depois, a suspeita. O atraso no envio de informações sobre as passagens compradas após o pagamento, levou à uma desconfiança. “Desconfiei pela demora de envio das passagens de embarque e entrando em contato com o número do site do evento, a pessoa me falou que era golpe”, relata o homem, que imediatamente fez o boletim de ocorrência e acionou as outras compradoras.

Várias tentativas de contato com o suposto vendedor foram feitas, mas os pedidos de estorno do dinheiro investido são ignorados. Cada um investiu pelo menos R$ 5,2 mil. O golpista se vale de cruzeiros temáticos de cantores como Alexandre Pires e do projeto musical Cabaré, dos músicos sertanejos Leonardo e Bruno e Marrone.

Um dos perfis falsos tem como nome de usuário “@navioalexandrepires2022”, quando o oficial não possui o acréscimo do ano. Os conteúdos postados em ambos são semelhantes, como forma de enganar o futuro comprador.

As viagens de fato existem e são organizadas pela empresa PromoAção, de São Paulo. Em nota oficial, no Instagram, a promotora se manifestou sobre o assunto.

“Recebemos a informação de que fakes estão sendo criados, repassando informações falsas e solicitando dados de cartões de crédito, referente a todos os cruzeiros temáticos que realizamos […] qualquer outro perfil, não é verdadeiro e nosso número de WhatsApp é apenas o 11 3624-9007″ (veja nota abaixo).

O delegado William Testoni, da Polícia Civil, orienta que em se tratando de compras virtuais, o consumidor deve sempre procurar plataformas conhecidas e renomadas que trabalham com esse tipo de venda, seja de pacotes de viagens ou eventos.

“Caso seja vítima, é importante o registro de boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia mais próxima ou Delegacia Virtual, armazenar o registro de todas as conversas feitas por e-mail, WhatsApp, Facebook etc, cópia dos pagamentos realizados, armazenar o link de acesso ao site de compra ou perfil em rede social onde foi ofertado o produto, entre outras informações que possam auxiliar na investigação”, orienta.

O delegado também indicou alguns passos que podem ser seguidos como ficar atento ao link acessado e evitar sites fraudulentos, ou mesmo sites estranhos, como aqueles que não sejam do registro “.com.br”.

Caso o consumidor não conheça o site ou a empresa onde está sendo ofertado o produto, ele pode consultar o portal Reclame Aqui para verificar se a empresa possui alguma reclamação a respeito de compras/vendas mal sucedidas.

Também é importante evitar pagamentos em contas de pessoas físicas e contas que não apresentem dados da empresa com a qual supostamente foi feita a contratação, pois são indicativos de fraude. Já em casos de pagamento via boleto, é fundamental conferir os dados do boleto.