Complexo Turístico na Serra: empresas de SC não aceitam escolha de projeto e tomam atitude
Consórcio ingressou com pedido de anulação da escolha de estudo arquitetônico e explicou o motivo;
O consórcio de empresas catarinenses, liderado pela Volare Empreendimentos Turísticos, já havia se manifestado sobre o projeto arquitetônico vencedor do Complexo Turístico da Serra do Rio do Rastro, dizendo que “não traduz os anseios das comunidades”.
Agora, o grupo ingressou junto à SCPar com o pedido de anulação do PMI (Processo de Manifestação de Interesse), que escolheu a Vallya Advisors Assessoria Financeira, de São Paulo, para a concessão do complexo.
Segundo a Volare, a construção de um shopping e de uma estação de ski causou reações negativas no trade turístico e em cidades da Serra Catarinense por descaracterizarem a paisagem na área do Mirante. O complexo deve ser construído nos municípios de Lauro Müller e Bom Jardim da Serra.
Ainda em nota, o grupo também informou que, no início deste mês, solicitou formalmente à SCPar a visualização do projeto da Vallya, alegando que ficou restrito apenas a alguns detalhes divulgados pela imprensa, e teve seu pedido ignorado.
Porém, de acordo com o secretário-executivo de Parcerias Público-Privadas da SCPar, Ramiro Zinder, não é permitida a divulgação do projeto escolhido antes da consulta pública, prevista para daqui a um mês.
“O estudo ainda não é público. Vai ser dado publicidade a ele no âmbito da consulta pública. Como ele é base para a construção do edital do contrato de concessão, se darmos publicidade antes da hora, podemos privilegiar empresas licitantes”, considera.
Ele também afirma que até o momento o projeto não foi alvo de contestações, conforme divulgado pela Volare. “Nós não recebemos nenhuma nota, e-mail ou mensagem de trade turístico ou qualquer que seja a entidade representativa da região serrana com críticas ao estudo selecionado”, garante.
Volare quer anulação do PMI
O grupo liderado pela Volare pede que a SCPar anule o resultado da avaliação e reveja as notas atribuídas ao seu estudo, assim como o da Vallya.
De acordo com os integrantes do consórcio, “os critérios e procedimentos utilizados na análise são claramente destoantes dos termos do Edital de Licitação da PMI”.
Fonte: ND+/ Postado Veroni Henrique