Amrec possui duas cidades com registros de focos da dengue

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Neste ano, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, tem assustado a população catarinense. Entre 2 de janeiro a 21 de abril, houve a notificação de 42.230 casos suspeitos em todo o Estado, sendo que 7.320 foram descartados, 121 estão inconclusivos e 14.250 permanecem dentro do quadro de suspeita. O aumento é de 153% de confirmados comparados ao mesmo período em 2021.

Na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), já foram identificados focos em cinco cidades, sendo elas Criciúma, Içara, Orleans, Urussanga e Siderópolis. “É um quadro que assusta, temos auxiliado nos trabalhados de pulverização em alguns locais, mas às vezes é difícil de realizar, pois também precisamos da colaboração de moradores, como por exemplo, afastar animais de estimação do local”, destacou Moacir Simas, supervisor do Programa de Combate à Dengue da região.

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De acordo com Mariana Mantovani, bióloga do Setor Zoonoses da Regional de Criciúma, atualmente a região possui 80 focos. “Dentro desse número, 48 são de Içara, concentrados principalmente no Presidente Vargas e bairro Jussara”, disse acrescentando que Urussanga, Siderópolis e Orleans, os focos não estão mais ativos.

Em Criciúma, segundo informações de Samuel Bucco, gerente de Vigilância em Saúde, foram notificados 34 casos de pacientes suspeitos para a doença. “Dos quais 11 foram descartados, seis positivados alóctones [importados de outras cidades e estados] e 17 ainda estão em análise aguardando resultado”, disse. Das situações em análise, uma pessoa está internada.

Bucco ainda acrescentou que Criciúma está elaborando uma campanha para o combate à Dengue. A ação deve ser lançada até a primeira semana de maio. “Estamos fazendo grandes estudos, pois os dados são alarmantes. Durante o ano passado todo, foram registrados 16 focos e ainda estamos encerrando abril”, disse.

Araranguá

Na manhã de ontem, em Araranguá, morreu um homem com suspeita de contrair dengue hemorrágica. Trata-se de um morador do bairro Mato Alto, que estava internado desde o dia 12 de abril, após apresentar sintomas da doença.

A vítima também possuía leucemia aguda, enquadrada dentro das possíveis causas da morte, mas o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) está analisando o exame coletado para a suspeita de dengue.

 

 

Foto:Foto: Nilton Alves/TN

Fonte:Tnsul